O pequeno vulto


Marcelly sempre seguiu os conselhos que seu pai lhe dava quando criança, até que em uma noite fria de segunda-feira ela deixou passar um dos conselhos mais importantes: “Sempre confie nos seus olhos”.
Estava se enrolando na toalha depois de um refrescante banho quando viu um pequeno vulto passando em direção a seu quarto. Coisa rápida, um vulto tão pequeno que poderia ser uma criança com não mais de dois anos de idade. Ignorou, rindo de como a mente humana leva o individuo a ver coisas. Foi até o quarto, já tinha a roupa que usaria separada em cima da cama. Entrou, derramando gotas de água do seu corpo por todo o chão, não teve ao menos a chance de acender as luzes, sentiu algo agarrar-lhe a perna fazendo-a cair de costas no chão. Algo quente passou rapidamente por sua barriga, seguido por muita dor. Gritou por socorro o mais alto que pôde, a ponto de acordar a vizinha do andar de cima que desorientada ligava para a polícia. Rastejou para fora do quarto escuro e pôde ver o semblante do seu agressor aparecer.
Quando a policia chegou ao apartamento de Marcelly, a porta estava totalmente aberta, no quarto, o corpo da vítima totalmente esquartejado e irreconhecível. Braços jogados para um lado, pernas para outro. Nenhum sinal da cabeça da moça. Do quarto até a sala pequenas pegadas sujas de sangue. O agressor nunca foi encontrado pela policia, nem a cabeça.

FIM

Nenhum comentário: